sábado, 30 de maio de 2015

Entrevistado: JANAINA CECÍLIA DE PAULA TOSTA
Idade: 40 ANOS
Formação: MAGISTÉRIO

1) Como foi sua reação ao saber que teria um aluno especial?
Fiquei tensa, não sabia como trabalhar com ele. Não estava preparada.

2) Como conseguiu desenvolver essa tarefa?
Procurei estudar sobre o autismo e pude contar com a professora do Atendimento Educacional Especializado.

3) Quais os métodos que utilizou para ajudar a criança na aprendizagem?
Utilizei como me foi orientado, o  método teaach, pois o aluno já estava sendo alfabetizado através desse método.

4) Qual foi a maior dificuldade?
Adaptar a sala de aula as necessidades educacionais especiais do aluno. A sala de era de 2º ano e necessitava de apoio visual e muitas dicas verbais o que o irritava muito.

5) Como docente, qual a sensação de ter um aluno especial e saber que você esta ajudando-o a se desenvolver cada dia melhor?
A princípio foi difícil, mas hoje me sinto segura e feliz. A cada sucesso e avanço de Gustavo me sinto realizada. Comemoro muito e uma sensação de bem estar invade meu ser.

6) Quais atividades proporcionava?
As atividades eram propostas em pastas de acordo com o nível de dificuldade e que não induzissem o aluno ao erro.

7) Como era o convívio com outras crianças?
Restrito, uma vez que a maior dificuldade do autista é o convívio social e o contato físico.

8) Como era a resposta dada desse aluno a suas atividades e expectativas?
Lentas. Muitas vezes tínhamos que repetir várias vezes as atividades propostas.

9) Como era a sala e o número de alunos?
Inadequada e com muitos alunos (31) o que dificultava o trabalho com Gustavo.

10) A escola era projetada considerando a inclusão de alunos com deficiências físicas e mentais?
Não. A escola não estava preparada para recebe-los.

11) Como era o espaço físico em relação a solos e rampas?
Não temos. Nossa escola tem várias escadas e as salas dispostas em dois andares. Os cadeirantes são carregados nas escadas para terem acesso às salas.

12) Há recursos e tecnologias assistivas para trabalhar com esses alunos?
Não. Nem mesmo a sala A.E.E. conta com essas tecnologias o que dificulta ainda mais o trabalho de todos.

13) Há cursos de formação continuada periódica para capacitação dos docentes?
Não.

14) Há reunião periódica de discussão de casos e estratégias para inclusão dos alunos com deficiência?
Há uma reunião geral com a coordenadora e as professoras especialistas uma vez por mês.

15) Os horários de intervalos são diferenciados entre Educação Infantil e Ensino Médio?
Sim.

16) No intervalo tem brincadeiras dirigidas para alunos especiais com acompanhamento de monitores?
Não temos muitos monitores. As crianças são alimentadas e ficam sentadas para não se machucarem. O autista fica muito agitado com o barulho feito pelos demais alunos e grita o tempo todo.